quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Chapada dos Guimarães - (Mato Grosso - janeiro de 2015

Como eu já havia visitado no Mato Grosso do Sul a cidade de Bonito e o Pantanal, muito parecidos com Nobres, e o pantanal do Mato Grosso, respectivamente, com certeza nessa viagem a cereja do meu bolo seria a Chapada dos Guimarães.
E, para mim, atendeu as expectativas.

Situada a apenas 70km de Cuiabá, deu pra perceber que a cidade Chapada dos Guimarães é bastante frequentada pelos próprios cuiabanos especialmente nos finais de semana, pois atividade é o que não falta, como as cachoeiras, trilhas, rapel, rio. E até o clima é procurado, uma vez que a cidade fica a uns 800m acima do nível do mar, oferecendo uma temperatura mais amena do que a quente Cuiabá.

Nós seguimos pra Chapada diretamente de Nobres. Bem fácil. Basta pegar a estrada do Lago Manso de volta e, na MT 251 virar a esquerda.
Em pouco tempo aparecem os paredões imponentes de pedra. Para mim, foi difícil dirigir pela estrada  sinuosa e ao mesmo tempo querer apreciar todo aquele visual.

A cidade é grande, possui uma rua principal com uma pracinha no meio e restaurantes com lojinhas de artesanato.






Ficamos em uma pousada muito boa, situada mais afastada do centro.
Como estávamos de carro, isso não foi problema e valeu a pena.

Teríamos dois dias inteiros pela frente e entre tantas atividades, foram escolhidos dois passeios: a Caverna Aroe Jari e o próprio Parque Nacional Chapada dos Guimarães com o percurso pelas cachoeiras.

Para começar, ambos os passeios só podem ser feitos com guias.
Através da pousada chegamos à Camila, que nos acompanhou durante esses dois dias. Recomendadíssima! A Camila foi muito show.

Então vamos aos passeios:

Caverna Aroe Jari: através das fotos que eu já havia visto nas minhas pesquisas prévias, esse seria "O" passeio. E foi.






A caverna, a maior de arenito do Brasil, fica em uma propriedade particular. Você paga a entrada e pode ir caminhando por uma trilha por uns 4km até a proximidade da caverna, mas, como estávamos com as crianças, preferimos contratar um trator para nos levar e nos trazer de volta. Decisão acertada.





Antes do passeio, um procedimento me assustou: tivemos todos que colocar perneiras. Para quê? Para "possíveis" cobras que poderíamos encontrar!
Deu um medinho sim. Mas felizmente, não cruzamos com nenhuma delas.



Colocando as perneiras

O local é muito lindo!
Com duas cavernas abertas para visitação, o passeio entre elas é por trilhas (uns 4kms ao todo de caminhada)  em meio ao canto de pássaros, diversas formações rochosas e muita vegetação, o que diminui o sol, porém o calor continua.
Trilha de nível fácil que as crianças (e os adultos mais enferrujados) aguentaram na boa.

Lagoa Azul que dá vontade de mergulhar, escuridão total daquelas de não se ver nem um palmo à frente do nariz, poses para fotos na penumbra, chuveirinho dentro da caverna pra refrescar.



Nós 8


Tudo de uma natureza nova para mim. E acho que para todos.
Ao final, pegar novamente o trator para voltar e, no meio do caminho, o desabar de uma chuva rápida mas forte, que deixou a paisagem ainda mais linda.





Na volta à cidade, parada no Mirante do Centro Geodésico, na minha opinião, a vista mais linda daquele local.
Mesmo com o tempo fechado, impressionante poder observar os prédios de Cuiabá ao longe, na distância em linha reta aproximada de 20 e poucos kms.





Parque Nacional Chapada dos Guimarães: no nosso último dia de chapada, começamos cedo para fazer o circuito de cachoeiras dentro do parque.
Na ida, passamos logo por aquele que é o grande cartão postal da região, a Cachoeira Véu de Noiva, com seus 86m de queda livre, que depois de um sério acidente com o desabamento de um paredão, provocando um grande número de mortes,  só pode ser observada de longe, pelo mirante.





De lá, seguimos para o parque, que tem entrada gratuita, mas os turistas somente podem entrar acompanhados de guias, que são quem literalmente leva as chaves e abre o portão de entrada.

O circuito completo passa por seis cachoeiras. Em todas há parada para banho. Água fria, mas que as crianças adoraram, principalmente devido ao calor que fazia.
As trilhas entre uma e outra cachoeira, apesar de fáceis, são um pouco longas e, devido a isso, paramos para banho somente em três delas.





A volta foi um estirão de caminhada (3km) no sol quente das 3 horas da tarde.
Exaustos e com fome, a Camila não poderia ter indicado lugar melhor e mais lindo para esse bando de cearense cansado e faminto.

O restaurante Morro dos Ventos fica em um condomínio fechado.
Para entrar, cada carro paga um valor de R$ 20,00 que é abatido depois na conta do restaurante.
A comida é muito saborosa (comemos picanha e pacu) e o local é lindo. Muito verde e uma vista deslumbrante onde, mais uma vez, podemos observar os prédios de Cuiabá ao longe.



Por entre as nuvens, os prédios de Cuiabá


Para nossa despedida, a arara que não vimos no pantanal, apareceu como que nos saudando e dando tchau. Perfeito!



Dona arara


Deixei a Chapada dos Guimarães com aquela sensação que os lugares que nos marcam sempre deixam: a de que deveria  ter passado mais tempo por lá.

E assim terminou nossa pequena aventura pelo Mato Grosso.
Foi praticamente a minha primeira vez dirigindo em estrada e fiquei orgulhosa de mim mesma por ter encarado quase 1000km de direção.
Nisso foi excepcional contar com a ajuda de um irmão manipulador de GPS e orientação espacial para me guiar, do contrário teria gasto horas preciosas me perdendo....
A companhia de irmão, cunhada, sobrinhas e filhos foi maravilhosa, tornando essa minha 18ª. capital um passeio inesquecível!

AUÊ!!!! (saudação secreta entre os participantes do passeio, incluindo a Camilla)


Dicas para quem vai:

Hotel: existem muitas pousadas na cidade. Se você está de carro e não se importa de ficar um pouco afastado do centro, recomendo a que ficamos. Pousada Cambará (cambara.pousada@hotmail.com). Lugar super agradável e de uma hospitalidade cativante por parte dos donos!

Guia: os passeios que fizemos só podem ser feitos acompanhado de guias. Contrate com antecedência.  Todos nós adoramos a Camilla, então segue o telefone e email dela para contato: camillaguiaturismo@hotmail.com -  65-9954-3288. Os passeios precisam de carro para serem feitos, mas se você chegar de ônibus de Cuiabá (da rodoviária partem ônibus toda hora), a Camilla faz os tours no próprio carro também.

Caverna Aroe Jari: entrada custa R$ 45,00 por pessoa e o trator R$ 15,00 ida/volta também por pessoa. O passeio tem uma duração aproximada de 3 horas.
Quem não for fã de caminhada ou estiver com criança,melhor se garantir no trator. Uso de roupas leves e levar lanche e água.

Parque Nacional Chapada dos Guimarães: levar roupa de banho, protetor solar, água, lanche e um sapato confortável para caminhar.


Mais fotos:



Igrejinha da Chapada dos Guimarães



Sempre se pode encontrar uma onça pintada pelo caminho....


Trilha pela Aroe Jari







Aroe Jari


Cordinha para ajudar na subida


Lagoa Azul



Meninas super poderosas



Bateu cansaço?


Chuveirinho para refrescar








Pousada Cambará






Fonte de água mineral da cidade








Trilha entre cachoeiras





Mais trilha e uma escadinha pra dificultar 





Área externa do Morro dos Ventos


Nevoeiro


Nós

6 comentários:

Anônimo disse...

Muito show!
Telma

Anônimo disse...

Parabéns Lia, muito lindo.
Lorena

Anônimo disse...

Achei que correndo no Cocó você já estivesse familiarizada com as cobras. rs
Mais um ótimo relato de viagem, Lia.
Rodrigo

Anônimo disse...

Amiga, lindo o seu post da Chapada.
Neide

Anônimo disse...

Gratificante fazer o trabalho e ter reconhecimento, ainda mais quando o cliente expande o conhecimento e a satisfação de trabalho de guia de turismo.
Correndo o Mundo, obrigado por reforçar o trabalho de guia. Nós agradecemos.
Camilla

Anônimo disse...

Fico feliz q tenha gostado do nosso estado.. .. vc será sempre bem vinda querida!! !! Beijos
Eunice