quarta-feira, 15 de julho de 2015

Treino Cultural na Escadaria de Santa Rita e Museu Senzala Negro Liberto em Redenção-CE (11/07/2015)

Eu sabia que um dia iria subir a escadaria que via da estrada em Redenção sempre que passava a caminho de Guaramiranga!

Não tinha essa vez que, ao passar e olhar o caminhozinho cortando o verde da mata, na Serra do Cruzeiro, eu não me imaginasse subindo e apreciando a paisagem.





Enfim um treino foi marcado no local e lá estávamos eu, Diniz, Djacir, Nascimento e Jarbas para subir os 720 degraus da escadaria do Alto de Santa Rita, com o Mausoléu na base, uma imagem e  a capela da santa no caminho e, no topo, Cristo da cruz.




A subida é pesada, mas fui caminhando, apreciando a vista e tirando fotos. Diniz e Nascimento resolveram fazer o percurso por duas vezes, e correndo. Um treino com certeza excelente, mas meu objetivo era mesmo o passeio.


Vista do alto da escadaria

A cidade de Redenção foi a primeira do Brasil a libertar os escravos. Isso em 1883, quando a então vila tinha o nome de Acarape.

Tá certo que a quantidade de escravos era mínima (116), que muito provavelmente em nada influenciava economicamente, mas o importante é que a cidade ficou como a pioneira na libertação da escravatura, 5 anos antes da Lei Áurea e por isso passou a chamar-se Redenção.

Além da escadaria um passeio que considero imperdível na cidade é a visita ao Museu Senzala Escravo Liberto.
Eu já havia estado lá com meus filhos e dessa vez fui novamente, já que meus amigos não o conheciam.




Localizado no Engenho Livramento, o museu é a antiga Casa Grande da propriedade, com muitos objetos da época e, o mais interessante, a senzala tal e qual foi utilizada, que se localiza no subsolo da Casa Grande.

Interessante e ao mesmo tempo sinistro, adentrar o local onde os escravos viviam, onde eram castigados, sempre observados através das frestas entre as madeiras do assoalho, afastadas de propósito para que os senhores pudessem observar a movimentação de seus cativos.


Interior da senzala com os ferros para aprisionar os escravos


Um dos locais de castigo

Felizmente, em 1883, os escravos da propriedade foram libertos e hoje o museu vale a visita para nos lembrar da história.

Bem, o treino, pelo menos pra mim, não foi bem um treeeeeino, mas o passeio foi sensacional. Pela subida das escadaria e a vista sensacional, pelo museu e pela conversa com amigos.

 Mais fotos e vídeo do nosso treino cultural.















































A Casa Grande



Objetos utilizados pelos escravos



Interior de Casa Grande - sala




Aberturas propositais entre as tábuas do assoalho

Mais um local de castigo no interior da senzala













3 comentários:

Anônimo disse...

Legal Lia, adorei o vídeo!
Telma

Anônimo disse...

Linda, linda... ...postagem... ...me emocionei.
Djacir

Anônimo disse...

Excelente!!! cultural!!!

Duda