quinta-feira, 5 de julho de 2012

Huacachina e Ilhas Ballestas


Os 700km que separam Arequipa de Huacachina foram feitos a bordo da companhia de ônibus mais mencionada pelos turistas no Peru, a Cruz Del Sur. As passagens por essa empresa geralmente são bem mais caras do que as outras, mas a diferença é sentida logo na rodoviária, com uma sala de espera vip para os passageiros, na sua grande maioria,  turistas estrangeiros.
Ônibus confortável, com direito a lanchinho de jantar, foi o suficiente para uma noite bem dormida e por volta de 9 horas da manhã chegamos na cidade de Ica, porta de entrada para  Huacachina, para onde seguimos de taxi.
Huacachina não é uma cidade. É um pequeno oásis.
Dunas e mais dunas de areia e uma lagoa com palmeiras em volta, é um daqueles lugares que deslumbram na primeira olhada. Surreal.




Paraíso do sandboard, a lagoa é toda cercada de hotéis, pousadas, bares, restaurantes e pequenas agências de turismo prontas para venderem os passeios de buggy pelas dunas ou tours para as destilarias de Ica onde se fabrica o pisco (aguardente de uva muito consumida no Peru e Chile).



Ficamos hospedados em um hotel na beira da lagoa.
Jovens turistas do mundo todo vão à Huacachina para curtir o clima do local e os passeios oferecidos.
O de buggy é feito ao entardecer, para que possamos apreciar o pôr do sol sobre as dunas.
Sem direito a escolher o “com ou sem emoção”, o passeio foi com emoção mesmo e eu só abria os olhos quando o carro parava para quem quisesse descer as dunas nas pranchas de madeira. Nessas horas eu dispensava o surf na areia e  ficava observando a bela paisagem.





Nosso buggy- El Peruanito
À noite, fomos para um dos inúmeros bares que na hora do happy hour oferecem  2 drinques por um.  
No dia seguinte, os 2 "piscos sour" (parecido com nossa caipirinha)  tomados na noite anterior quase me fizeram abortar o passeio já comprado para as Ilhas Ballestas.
Os micro ônibus partem cedo repletos de turistas que geralmente vão e voltam para Huacachina no mesmo dia.
40  minutos de viagem e chegamos a Paracas, um pequeno povoado de pescadores que hoje vive do turismo das famosas ilhas.
O passeio às ilhas só acontece pela manhã cedo em razão de ser o melhor horário para observação dos animais. O cais fica lotado de turistas, muito bem organizados em filas à espera de lanchas grandes para serem levados em um passeio de aproximadamente 2 horas sem direito a saírem da lancha, pois não se pode descer, só apreciar de longe.


Paracas

Pelicano
A embarcação sai de Paracas e passa pelo “Candelabro”, um misterioso desenho feito em um morro e que resiste ao tempo por estar num local onde tem poucos ventos e onde praticamente não chove.


Candelabro

Após o “candelabro”, chegamos bem perto das formações rochosas das ilhas para apreciarmos as milhares de aves, dentre elas o pingüim e também preguiçosos leões marinhos deitados nas pedras.


Islas Ballestas



Os pinguins

Apesar do peso do pisco na cabeça, deu pra ver os animais e voltamos para terra firme, o que foi um alívio pra mim.
Hora de seguir para o último dia em Lima e finalmente voltarmos ao Brasil.
De Paracas é preciso pegar ou um ônibus de linha ou um taxi para a cidade de Pisco, que fica a poucos quilômetros, e de lá um ônibus para Lima, a quase 300km.
Pegamos um ônibus local para Lima, daqueles que param em toda cidade para as pessoas subirem e descerem e nessa hora o danado do pisco fez toda a diferença!





Se você está pensando em ir:

Ônibus Cruz Del Sur de Arequipa para Ica : 110 soles por pessoa
Hotel em Huacachina: Curasi
Passeio de buggy: 30 soles por pessoa
Passeio para as Ilhas Ballestas: 50 soles por pessoa (incluindo o ônibus e o passeio) + 6 soles de taxas
Ônibus de Pisco para Lima: 15 soles por pessoa

Um comentário:

willkiemartins disse...

O tal do "Pisco" é cruel mesmo, mas me identifiquei mesmo foi com os leõs marinhos, que preguiça gostosa...